17 de fevereiro de 2007

IDEIAS INTRUSIVAS

Magoo-me muito quando após um pequeno erro consinto que a reflexão me arraste por um interminavel lamaçal de porquês sem resposta. Detesto estas ideias introsivas que se apoderam do sentir e amordaçam.

Não pretendo fugir às responsabilidades dos meus erros. Tão só reencontrar a paz de espírito própria de quem se redescobre sereno com os seus limites e se sente capaz de mais uma vez se dar à vida de forma inocente.

Detesto o orgulho velado que deposito neste esquema persecutório. Aquele segredar que do mais profundo de mim me vai dizendo que sou perfeito e que só não encontro soluçao para o meu problema porque não estou a estudá-lo com a profundidade necessária. Detesto este precipício sem fundo no qual, indolentemente, me vou deixando projectar. Tantas vezes na vida os nossos erros nos levam a encruzilhadas que na realidade não tem solução... Lembraste quando eras criança? Lembraste daquela tarde em que partimos o teu brinquedo preferido? Dolorosamente percebemos que a única solução era irmos para junto do pai chorar a nossa imprudência.

Detesto o egoismo ébrio com que me inibrio! Num turbilhão frenético de afectos convencido que são minhas as nossas vitórias e derrotas. Esqueço-me tão depressa que no meu sucesso encerro a tua esperança e sorriso tcom a mesma intensidade com que nos meus erros arrasto a tua leviandade e distância!

Sabes... Acho que já basta! O que eu queria mesmo por hoje era deixar de me consumir na minha reflexão... Estou a desperdiça-la com os meus medos! Oxalá esta semana encontre em ti a serenidade de que preciso para melhor a canalizar para quem dela precise.