12 de outubro de 2006

GESTOS (CON)SENTIDOS

As vezes no silêncio dos gestos partilhamos mais do que aquilo que calculamos. E que felicidade descobrir depois os vários sentidos do nosso consentimento. Perceber que discretamente recebemos mais do que aquilo que esperamos e damos mais do que aquilo que conseguimos.

Minha querida (posso tratar-te assim ou preferes o "amiga" formal?) Sabes que sem nos darmos conta pisamos juntos uma tenue linha que não tem retorno. Ainda que os nossos trajectos se separassem hoje já construimos o suficiente para não poder negar nem jamais esquecer o caminho trilhado.

Fico feliz por termos sempre sabido por gestos com(sentidos) sentirmo-nos mutuamente. As vezes tem sido difícil outras vezes doce e agradável. Saiba eu ser sempre humilde para acolher a tua fragilidade e dócil para me confiar à tua fortaleza, assim neste jeito que desde sempre foi tão próximo mas tão desapegado.

Um beijinho discreto para ti