O berçario fascinou-me tanto mais no dia em que percebi que no andar de cima alguem expelia o último sopro, abençoando com a vida que entrega, num holocausto (in?)voluntário?, o choro que no mesmo momento me entrava pelos ouvidos.
Recordei a primeira vez em que na enfermaria fui confrontado com a morte. Revisitei aquela manhã em que de cama vazia, senti no ar aquele estranho e silencioso último obrigado sereno e em paz da Dona Maria (nome fictício) que só um coração aberto consegue escutar.
Afastei de mim o medo e a dúvida e diante daquele pequenino que então já dormia sereno (e quase de certeza sonhador), sorri profundamente com a beleza crua da vida que, por caminhos misteriosos, teima sempre em levar a melhor.
Viveiros...