15 de outubro de 2008

PARA LÁ DO SOL POSTO

Onde o dia vai longe e a escuridão impera,
Naquele espaço de infinita solidão em que- irremediavelmente só- estarás sempre por conta própria,
sem apoios e sem amparos...
Vem matreira a dúvida e a insónia.
Na noite da alma, tudo se questiona, tudo se pesa, tudo se equaciona, tudo se mede...
Perde-se o referencial e o sentido do absoluto.

E Só (sozinho/simplesmente) ter que de novo acreditar.
Acreditar que felicidade é luz que- na penumbra- brota e irradia do interior!
Dessa nascente infindável que é a entrega a quem nos move, a resposta a quem chama por nós!

Luminosamente cego! Envolto num absoluto e inabalável Confiar!
Sem questionar, sem olhar a pesos, equações ou medidas.
Gratuito, insolente e irreverente diante daquela tenebrosa cegueira de um eventual deve e haver!


É no meio da escuridão,
entre inseguranças e incertezas,
que é verdadeiramente belo acreditar!

E assim;
Porque Só, do mais profundo de mim:
Esta insónia é Só para Ti.
Para ti que reconheces precisar de mim
Para ti que carente/doente teimas em chamar por mim