9 de fevereiro de 2008

VIRTUDE

Tantas vezes me seduzo pelo grande da vida... Como me sabe bem sair de um banco em que se tratou de forma fantástica uma situação muito grave com um resultado espectacular!

Mas, a cada dia que vai passando, me vou apercebendo que não é por aí. Pode parecer paradoxal, mas quando os picos de adrenalina estão altos (ou quando estamos apaixonados), tudo sabe bem e se torna mais fácil.

Difícil, dificil é ter a ousadia de virar o rosto para o que não me seduz e me magoa e ali reconhecer caminho de felicidade. Difícil, difícil é a cada acordar querer sair da cama como se fosse o meu último dia e em cada segundo que passa descobrir o mesmo suspiro de esperança.

E neste deixar-me levar pela onda do querer permanecer fiel ao que sou sem perceber nem sentir aquilo que me rodeia chamo virtude!

Quem me dera ter coração e espírito para superar sempre este duríssimo exercício de, na agrura das rotinas, ter a humildade de perpétuamente repetir pequenos nadas que por serem nadas são de ouro...