16 de novembro de 2006

VIVEIROS III

Naquele viveiro, dou por mim a pensar que será feito daquelas alminhas daqui por 10, 20 ou (quando eu já cá não estiver) 70 anos.

É um exercício divertido. Terrivelmente difícil reconhecer o próximo Einstein ou Dali ou distingui-lo do criminoso de delito comum. Ali naquela simplicidade somos todos profundamente iguais. Somos todos projectos de gente sobre os quais se deposita uma enorme esperança.

Esbatem-se os ódios, ninguem é preto nem branco... São todos simples bébés por quem qualquer um se dispõe a prescindir de uma noite no banco e em que todos sentem como sua a infelicidade de uma tragédia.

Também aqui os bébés nos dão uma grande lição... Na sua simplicidade redefinem igualdade como eu não o saberia fazer em mil palavras.