Há dias cujo final, resfasfelado nos lençois, me tem surgido como uma benção...
Sentir que ficou para trás mais que uma lágrima, ficou para trás um pedaço de mim...
Ver que tantos dos sorrisos que me rodeiam custaram-me um farrapo da minha alma!
Oh Vida!...
Quando falámos de amor, sorriste para mim e eu sorri para ti
Sorrimos os dois...
Era ingénuo e Tu- por mim- fizeste-Te ingénua!... Esquecemo-nos que o que "maiuscula" o Amor, o que lhe confere grandeza é essa loucura de dar-se sem esperar retorno...
E por mim falo...
Ainda me faltam a grandeza e a firmeza de espírito suficientes para viver feliz neste despojamento que me propões...
Mas, no meio de tanta incongruência, no próprio momento em que desejo deixar-Te para trás... És Tu que vens ao meu encontro, Sofrida no rosto incógnito de quem chama por mim.
E, neste dares-Te sofrida e receberes-me ingénua, consolas-me...
A cada farrapo de alma que me arrancas, a cada lágrima que me drenas...
Fica também para trás um pouco desta maldade que também sou...
Ainda bem que me persegues... porque por muito que Te ame...
Teimo em não saber nem ter como Te perseguir
Não me deixes!
Amen