23 de agosto de 2007

RECENTRAR O OLHAR

Na rua...
A caminho de casa ia eu quando rapariga vistosa, muito vistosa, me capta o olhar... O meu e o de todos os rapazes que por ela passassem. E lá ia eu, bem disposto, sorrindo pela vista, e sorrindo sobretudo pelo ar embevecido de todos quanto passassem.
Como é fácil o agradavel nos captar o olhar. Como é bom que assim seja!

No hospital...
Doeu muito... doeu mesmo muito ver o rosto ansioso daquela senhora de setenta e muitos anos, querendo saber do filho que, já sabia eu, estava morto. Doeu muito o choro por detrás da porta, quando uma colega mais velha, segundos depois, lhe transmitiu a má notícia...

Porque a vida é assim mesmo, um enorme contraste...
... No qual simultâneamente somos confrontados com as mais imprevisíveis e estranhas situações. No qual somos confrontados com as nossas mais estranhas e imprevisíveis reacções...

Importa muito querer crer. Porque acreditar não é ficar sentado a espera de qualquer coisa... É antes procurar em tudo Este bem maior que, mesmo na dúvida sabemos presente. Este bem maior que em tudo teima em nos desafiar e consolar.

E como às vezes, pelo agradável ou desagradável de uma situação, me custa este recentrar do meu olhar....